A Verdadeira Alegria e o Sentido da Vida

Thomas Lieth


Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Ec 12.1).
Paulo nos conclama em Filipenses 4.4: “Alegrai-vos sempre no Senhor; mais uma vez vos digo: alegrai-vos!”. Essa alegria verdadeira, não passageira, constante e permanente, está fundamentada na fé na ressurreição de Jesus Cristo. É claro que existe uma diferença gritante entre as alegrias do homem ímpio e a alegria de alguém que crê em Jesus Cristo. O livro de Eclesiastes, que fala repetidamente no gozo da vida, nos exorta a pensar que Deus vai chamar cada um de nós à responsabilidade. “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Ec 11.9).
Como o Senhor vai exigir prestação de contas de tudo o que fazemos, deveríamos sentir um grande e profundo temor a Deus. Podemos e devemos nos alegrar em nossa juventude. Podemos ser felizes e devemos nos alegrar até quando ficarmos velhos. Podemos e devemos curtir a vida. Mas Deus nos cobrará satisfação de tudo! Essa prestação de contas a Deus não deveria diminuir nossa alegria. Deveria torná-la mais profunda e ainda mais significativa. Deveria nos estimular a buscar a alegria verdadeira, real e perene. Encontramos essa alegria legítima unicamente no Senhor.
Olhando a natureza, percebemos que Deus tem por princípio nos proporcionar alegria. A natureza é cheia de beleza e encanto. Deus nos equipou, por exemplo, para sentirmos o sabor dos alimentos. Por que será? Se a comida servisse apenas para não morrermos de fome, esse sentido seria completamente supérfluo. Deus nos deu o sentido do sabor para nos deliciarmos com o que comemos, para termos prazer com os alimentos que Ele nos dá. Ele nos concedeu o sentido do olfato para percebermos o perfume das flores. Deu-nos o tato para sentir o carinho de um toque afetuoso. A Criação toda é cheia de fontes de alegria. Parece feita para proporcionar alegria aos homens. Infelizmente, o pecado entrou no mundo e deixou para trás apenas uma cópia barata do que Deus havia planejado originalmente para suas criaturas. Como será glorioso quando Deus nos reconduzir de volta às nossas origens, de volta aos Seus planos originais!
A Bíblia, e com ela o próprio Deus, quer nos conduzir à alegria, uma alegria sem egoísmo, uma alegria que não se regozija quando o outro passa mal, que não nutre inveja nem ciúmes. Essa alegria verdadeira não se mantém à custa dos outros, não despreza a Deus mas, antes de tudo, se alegra no Senhor. Essa alegria dos filhos de Deus alegra o coração do Senhor e os corações dos que estão ao redor deles. Essa alegria que vem de um coração sincero, limpo e puro é uma alegria que o homem natural é completamente incapaz de ter. Por isso, Paulo disse aos cristãos daquela época: “Alegrem-se no Senhor!”. E essa ordem continua válida!

Por que os cristãos muitas vezes estão divididos?

René Malgo

Quatro possíveis razões e uma palavra-chave

Já se perdeu a conta da fragmentação do cristianismo em inúmeras denominações, igrejas e seitas. Ao que parece, as cisões estão na ordem do dia. Mesmo a Chamada da Meia-Noite não ficou isenta de múltiplas controvérsias e de amargas discussões ao longo dos seus 60 anos de história (N. da R.: houve algumas discussões e controvérsias na Europa, com a Chamada da Meia-Noite em sua sede na Suíça) - e é provável que assim continue também no futuro. Qual seria a razão disso?
Quero apontar aqui quatro razões ou respostas. A primeira é simples, mas provavelmente é a mais difícil de suportar. A divisão dos cristãos baseia-se na natureza humana. “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa”, diz o profeta Jeremias, “e sua doença é incurável; quem é capaz de compreendê-lo?” (Jr 17.9). Os crentes poderão argumentar que ganharam um novo coração por meio de Jesus (Rm 6). É verdade! Todavia, ainda assim os cristãos lutam com o pecado em seu velho corpo (Rm 7). Enquanto ainda habitarmos este corpo atacado pelo pecado, será para todos nós impossível enxergar tudo corretamente. “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas então veremos face a face” (1Co 13.12). Somente quando ressuscitarmos ou formos transformados e virmos o nosso Senhor face a face é que entenderemos tudo (cf. 1Jo 3.2).
Os cristãos são personalidades divergentes, têm aspectos fortes e fracos diferentes, diversas preferências e pecados variados com que precisam lutar. Sua formação, maturidade, capacidade espiritual, relacionamento com o Senhor, seu intelecto, sua capacidade intelectual diferem... não admira que tantas vezes discordemos! Os seres humanos são complexos, emotivos e inquiridores, e os cristãos não são exceção. A conversão não nos transformou em robôs padronizados. “Os propósitos do coração do homem são águas profundas, mas quem tem discernimento os traz à tona” (Pv 20.5).
"... Pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor. Todos tropeçamos de muitas maneiras..." Tiago 3.1b,2a

Paulo — O Homem dos Superlativos

Werner Gitt


Existe um homem de muitos superlativos, e é dele que queremos falar. Será que ele aparece no Livro dos Recordes Mundiais? Muita gente se empenha com todas as forças e usa todos os seus recursos apenas para ver seu nome no Guiness.
Nenhum desses recordistas é o nosso homem dos superlativos. Seu nome está inscrito em um livro muito mais importante que o Guiness; ele está na Bíblia. Este, sim, é um livro repleto de superlativos. Já em suas primeiras páginas, no relato da criação do mundo, o leitor é apresentado a um superlativo depois do outro. E isso continua até sua última página. O Apocalipse fala de um banco de dados que contém mais informação do que qualquer pessoa jamais poderia conhecer:
Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Ap 20.12). Esse é o banco de dados de Deus. Esses livros registram cada ser humano, nome por nome, incluindo todos desde Adão e Eva até nós que vivemos hoje. O registro não contém apenas as informações constantes nos órgãos oficiais como data de nascimento, altura ou cor dos olhos, mas inclui o tamanho do sapato, cor do cabelo, quantidade de fios de cabelo e milhares de outros detalhes de cada um de nós. Só os dados de cada um dos cidadãos do mundo já ultrapassam a capacidade da imaginação humana.
Mais significativo ainda é que esses livros tenham o registro de todos os nossos pensamentos e de todos os nossos atos. Tudo está listado, as coisas que agradam a Deus juntamente com cada um dos nossos pecados. E nenhum desses dados jamais será perdido. A Bíblia conta que, um dia, cada um de nós será julgado segundo nossa biografia completa gravada nos livros de Deus. Tudo o que passou pela nossa cabeça em forma de pensamento e tudo o que moveu nossa língua está escrito ali. E tudo será revelado e exposto. Só podemos ficar assustados com essa contabilidade minuciosa. Mas, graças a Deus, também existe a ordem de “deletar”. E essa ordem apaga os pecados. Quando alguém chega à cruz de Cristo trazendo seus pecados, recebe perdão. Então, aos olhos de Deus, é como se eles jamais tivessem constado em Seu banco de dados. Mais ainda: depois que os pecados foram apagados a pessoa passa à condição de completamente justa diante de Deus – tão justa como se jamais tivesse cometido um único pecado. Esse pleno perdão também é um dos superlativos que a Bíblia nos apresenta.
Mas, a seguir vamos nos ocupar com nosso “homem de superlativos”, que tem muito a dizer dentro da Bíblia. Ao ler esse título, muitos personagens bíblicos podem ter vindo à nossa mente, por exemplo, Sansão ou Moisés ou Jó, mas hoje nos ocuparemos com alguém que não nos ocorre de imediato. Mesmo assim, esse homem pode ser enquadrado em pelo menos dez superlativos. É o apóstolo Paulo.

Lança Teu Pão Sobre as Águas

Werner Gitt


No pós-guerra a fome era grande. O pão era racionado. Na escola, Henrique repartia seu lanche com Werner Gitt. Muitas vezes matou sua fome. Depois de décadas, os dois colegas se reencontraram.

Voltando no tempo

Até que nos mudamos para Hohenlimburg (Westfália, na Alemanha) em 1950, fui à escola em Lüchow, no Nordeste da Baixa Saxônia. Depois da II Guerra Mundial, a Alemanha estava arrasada, a comida era pouca e o pão era racionado. Para comprar esse alimento, só com os cupons de racionamento. O pão era mercadoria rara, literalmente. A fome era uma companheira constante. Mas eu não passava tão mal assim porque tinha um colega muito amigo que sentava do meu lado na escola. Era Henrique, filho de agricultores de uma aldeia dos arredores da minha cidade. Todo dia ele trazia um pacote de pão com manteiga tão gostoso que me dava água na boca. O lanche vinha recheado com algum tipo de salame, presunto ou alguma outra iguaria a que eu normalmente não tinha acesso. Muitas e muitas vezes Henrique repartiu seu lanche comigo e matou a minha fome. Eu era aluno da cidade, portanto, sem os recursos que os moradores do campo dispunham com suas criações de animais e as mais variadas plantações. Talvez por isso Henrique seja o único colega de escola de quem ainda me lembro depois de 60 anos. Ele sentava do meu lado e repartia seu pão comigo... Dos outros colegas me esqueci, mas o nome dele ficou para sempre na minha lembrança. Depois que nos mudamos, nossos caminhos se separaram. Nunca mais vi Henrique.

Voltando aos lugares do passado

Ultimamente eu andava falando muito das aldeias e vilas onde me criei, dos lugares onde minha família morou, das pessoas do meu passado... E falava da irmã Erna, de quem ouvi o Evangelho pela primeira vez. Aí minha filha Rona achou que estava na hora de visitar os lugares da minha infância. Em meados de julho de 2010 começamos nossa viagem em busca de um passado tão distante. Saímos de Braunschweig, pernoitamos em um hotel de Lüchow e fizemos um roteiro por todas as aldeias que pudessem ter alguma relação com meu passado e com meu tempo de menino.
Um dos nossos destinos era Klein-Witzeete, uma pequena aldeia com uns 500 moradores. Até hoje não esqueci o nome desse lugarejo, mesmo que há 60 anos atrás nem tenha estado lá pessoalmente. Gravei esse nome na minha memória porque Henrique, meu colega de escola, era dessa vila e todos os dias se deslocava para freqüentar as aulas junto comigo. Assim, Rona e eu procuramos uma lista telefônica para ver se, por acaso, ele ainda estava vivo. De fato, seu nome constava na lista! Quem atendeu o telefone foi sua esposa, Edite. Quando me apresentei como ex-colega de seu marido, ela nos convidou para visitá-los. Nem meia hora depois já estávamos no sítio de número 5 dessa idílica aldeia iluminada por um dourado e luminoso pôr-do-sol. Foi um reencontro muito alegre. Henrique contou que trabalhou a vida inteira nas terras herdadas da sua família. Hoje o trabalho está nas mãos da filha e do marido dela. Henrique também mencionou que sua saúde não andava muito bem. Por isso, na hora da despedida perguntei se podia orar por ele. Ele concordou, eu orei e fomos embora dessa casa, nossa última parada do dia.
No dia 1 de março do ano seguinte recebi uma ligação de Edite, contando que Henrique estava hospitalizado com uma doença rara, a Síndrome de Wegener, e que estivera em coma por 5 semanas. Disse que ele não conseguia mais mexer as mãos e os pés e estava na UTI, respirando por aparelhos.
Perguntei a Edite se podia visitá-lo. Quando ela disse que sim, decidi viajar com Rona outra vez. Partimos no sábado, 10 de março de 2012. Depois de vestir o jaleco esterilizado, a touca e a máscara, entramos num quarto muito iluminado e cheio de aparelhos. Por meio de cabos e mangueiras Henrique estava conectado a máquinas e monitores com diagramas, curvas e números. Minha primeira pergunta foi: “Henrique, você sabe quem sou?”. Ele reagiu com a maior alegria possível em seus olhos azuis profundos e claros. Mais uma vez contei para ele a velha história do lanche repartido e disse que, na eternidade, Jesus recompensaria até um gole de água fresca oferecida a um sedento. E quando contei que certamente o Senhor recompensaria ainda mais seu pão repartido com um colega esfomeado, um largo e radiante sorriso se espalhou por seu rosto. Senti que ele estava se abrindo para ouvir mais do Evangelho e que essa era uma hora especial da presença de Deus e da manifestação de Sua graça.
Falei da nossa vida humana, contei que todos nós passamos alguns anos aqui na terra e depois morremos – alguns depois de 40 anos, outros depois de 60, 70 ou 80, e salientei que a morte é certa para todos. “Henrique, se você morrer hoje, você sabe para onde vai?”, perguntei. Mesmo não conseguindo mexer seu corpo, sua mente estava lúcida, e ele conseguia se expressar, mesmo que com certa dificuldade. Respondeu minha pergunta com um sonoro “Não!” – “Henrique, você quer saber se vai para o céu ou para o inferno? Você quer ter certeza para onde vai depois da morte?” – “Sim, eu quero!”

O Deserto Sagrado

Bill Lawrence


O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2.20).
O deserto é o templo original de Deus, Sua habitação pessoal aonde Ele leva os que O seguem para encontrá-Lo e estar em Sua presença. Foi no deserto que Deus chamou e enviou Moisés, e lhe deu os Dez Mandamentos. Foi ali que Deus formou Israel e levou Moisés a criar o Tabernáculo. O deserto também foi onde Deus preparou Davi para ser o rei de Sua nação e o protótipo do Seu Filho. Deus também se encontrou com o profeta Elias e preparou Seu profeta João Batista no deserto. O Espírito Santo levou Jesus até o deserto para ser testado, tentado e aprovado como Messias. A Palavra também nos diz que o pensamento teológico de Paulo foi desenvolvido e finalizado no deserto.

O deserto: bom, mas difícil

O deserto ainda é o templo de Deus e o lugar de Sua presença pessoal. Ele leva todos os Seus líderes a passarem por diferentes tipos de deserto para nos transformar em Suas ferramentas, para mudar vidas e tornar visões em realidade. Em vista de tudo o que Deus já fez no deserto, precisamos reconhecer que ir para o deserto para encontrar com Deus é bom, seja onde for e signifique o que significar para nossas vidas. Muitos cristãos pensam que uma experiência no deserto é algo a ser evitado ou um lugar de onde precisamos escapar o quanto antes. O fato é que o deserto só se torna uma experiência ruim quando nos recusamos a aprender o que Deus quer nos ensinar e a confiar Nele quanto ao que quer que façamos. Se o deserto é o templo santo de Deus, o lugar onde Ele se encontra com os que O seguem para prepará-los para o Seu tipo de grandeza – e é – e se o deserto é onde Ele prova que os Seus estão preparados para o Seu propósito, tanto para Ele quanto para eles – e é – então o deserto só pode ser bom! É um lugar difícil, estressante e muitas vezes isolado, mas não é um lugar ruim. Entrar na presença do Deus santo é sempre algo bom.
Às vezes, pessoas ou eventos que não podemos controlar são o que nos levam para o deserto. Alguém que amamos (como nossos filhos ou pais idosos), membros de nossas equipes criando tensão no ministério ou um chefe dificultando nossas carreiras podem nos levar ao deserto mesmo sem saber. Nós não causamos essas situações, não as escolhemos e não sabemos como ou quando nossa luta vai acabar.

O Que Darwin Não Podia Saber

Werner Gitt

Para celebrar o “ano de Darwin” em 2009, a revista alemã Die Zeit publicou um artigo de duas páginas com a manchete “Muito obrigado, Darwin!”, acompanhado de quatro páginas falando sobre evolução. Esse agradecimento foi para um homem que nasceu há 200 anos. Seu “revolucionário” livro A Origem das Espécies foi publicado há 150 anos. [Naquela época, nada se sabia sobre o DNA, o armazenamento de informações genéticas e sua transmissão].
O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) já afirmava, cheio de orgulho: “Dêem-me matéria, e dela farei um mundo”. Cinqüenta anos mais tarde, o matemático e astrônomo francês Laplace (1749-1827) vangloriava-se diante de Napoleão: “Minhas teorias não precisam da hipótese chamada ‘Deus’.” Esses e outros pais do ateísmo científico buscavam uma explicação para a origem da vida em que Deus pudesse ser descartado. A resposta aparentemente salvadora veio de Darwin, que tornou viável explicar a origem da vida “de forma natural”. Enquanto ele próprio ainda era reticente em relação às implicações de sua teoria, hoje o mundo, cada vez mais ímpio, aclama seu patrono em manchetes sem fim.
Até a viagem de Darwin às ilhas Galápagos em 1835, acreditava-se no filósofo grego Aristóteles, que dizia que as espécies são imutáveis. A partir das diferentes formas de bicos de tentilhões que viviam na ilha, Darwin concluiu com acerto: espécies podem se adaptar e se modificar. Mas sua conclusão seguinte, de que toda a vida viria de uma árvore genealógica comum, não é cientificamente defensável. O próprio Darwin percebeu que uma grande fraqueza de sua teoria era a inexistência, na natureza, de fósseis de formas intermediárias. Mesmo assim, seguindo a doutrina darwinista, o homem perdeu sua posição especial atribuída pelo Criador e passou a ser apenas um ser mais evoluído no reino animal.

O propósito de Deus para nossas vidas


Wilma Rejane

Qual o seu maior sonho? "viver para sempre na companhia das pessoas que amo". Esta seria uma resposta possível para aqueles que encontram sentido e felicidade nos relacionamentos familiares e sociais de modo geral. Nessa ânsia de eternizar relacionamentos, alguns passam a buscar desesperadamente maneiras de reencontrar quem já partiu do mundo dos vivos. O reencontro seria uma forma sublime de consolo. Constatar que o outro está bem, que não esqueceu de você, que não demonstrou mágoa ou falta de perdão e sobretudo que ainda é possível vê-lo; quando quiser. E que estará em sua  vida, como um anjo bom a te guardar e até guiar. 

Acontece, que o milagre da vida, já em seu começo prediz a morte.O choro do parto, por exemplo, é uma forma de celebrar o desapego,  de reclamar a passagem do confortável para o imprevisível. A cada dia o planeta se renova ( e se desgasta) entre certidões de nascimentos e óbitos. Mas Deus não nos fez para o caos, Ele planejou tudo de modo perfeito, no livro do profeta Isaías, está escrito: " Deus formou a terra, não para ser um caos, mas para ser habitada" Isaías 45:18.  O homem não está desamparado, nem só. As respostas para a complexidade da vida (e da morte) nos foram dadas, como um tesouro que precisa ser buscado. 

O que pretendo com esse artigo sobre vida e morte é fazer compreender que cada pessoa é um ser único com atributos peculiares, criado como um milagre para cumprir uma missão e também um propósito de Deus. Tanto a vida quanto a morte fazem parte desse propósito. Agora, a forma como lidamos com essas vertentes define nosso ser, ações e reações na vida. Muitas vezes, a inerente busca por respostas nos faz deparar com caminhos estranhos, alheios ao plano de salvação. Assumir doutrinas erradas nos conduz a depredação espiritual, é como pegar um atalho que irá desviar do Verdadeiro caminho. 

Os perigos da fama na vida espiritual


"Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito
de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente,
sozinho, para o monte."(João 6:15)

João Cruzué

Esta semana estive pensando como escrever uma mensagem sobre a fama e a vida espiritual. Eu gosto de escrever mensagens que provocam primeiro a minha mente e depois falam ao meu coração. Se falam comigo, também podem ser úteis para você. O que a fama tem de tão perigosa que até o próprio Cristo conscientemente a evitava? Quero compartilhar neste texto o resultado das minhas reflexões.
Bem cedo em seu ministério, Jesus sofreu o assédio do diabo propondo-lhe riquezas e fama. Durante aqueles dias de tentação no deserto, o diabo levou-o para um alto monte, e de lá  mostrou-lhe a glória de todos os reinos deste mundo e fez uma oferta tentadora: "Tudo isto lhe darei, se prostrado me adorares.  Eu creio que esse ataque do diabo era fruto de um planejamento exímio, cuidadosamente revisado por muitos milhares de anos da experiência maligna na "arte" de derrubar os homens.
Em todos os três ataques, satã usou das sagradas letras para confundir o Cristo, o que nos dá uma pequena amostra de que em matéria de teologia o diabo conhece tudo.  Neste ponto, puxo por um assunto paralelo: nunca na história da Igreja o conhecimento das escrituras esteve tão à mão, disponível para quem quiser se aprofundar; são dezenas e dezenas de enciclopédias, dicionários bíblicos, comentários, bíblias de estudo para várias correntes de interpretações e vertentes teológicas.
O que tanto conhecimento pode fazer? Transformar um novo convertido em um doutor em divindade? Sim! Mas nisso também pode estar uma armadilha do diabo. Acúmulo de conhecimento não significa acúmulo de sabedoria muito menos andar na presença de Deus.

Ainda que os montes se transportem para os mares


Wilma Rejane


"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares." Salmos 46:1,2
O Salmo 46 foi entoado por um coral de vozes soprano. É uma canção de louvor a Deus por Sua fidelidade em meio aos abalos da natureza: a terra está mudando de lugar, os montes sendo transportados para os mares, porém, há uma confiança inabalável de que Deus permanece como Refúgio e Fortaleza mesmo quando tudo está sendo desestruturado. A visão de natureza sendo abalada pode perfeitamente caber em nossa vida cotidiana de homens que por motivos diversos vêm seus planos, suas certezas serem desestruturadas. Os montes,os lugares seguros da vida vão sendo lançados no mar, na água, se dissolvendo: é a família que não está mais lá,o emprego, a igreja, o amigo... Porém se Deus sempre foi e continua sendo seu Refúgio, o temor não irá paralisar sua fé, seu amor por Deus, pois é Ele que tem todo poder para mudar situações.
Consideremos que a desestruturação na vida pode ser fruto de uma reorganização, por exemplo: Deus transportando montes como forma de abrir caminhos para novas conquistas. Alguém que precisa renunciar as suas certezas e seguranças para abraçar coisas novas em virtude de uma vida direcionada pelo Espírito Santo de Deus. Rei Davi, precisou deixar o trabalho de cuidador de ovelhas para ser auxiliar do Rei Saul. Ele não tinha ideia de como Deus iria transformar seu viver, em todas as áreas. Porém,precisou acreditar, renunciar e manter o coração refugiado em Deus, mesmo sem a capacidade de ver o futuro. Podemos citar ainda: Pedro, Paulo, Tiago e outros discípulos que admiramos. Homens cheios de fé , certamente, mas não nos é dito muito sobre suas vidas de pais de família, trabalhadores, pessoas com obrigações sociais comuns. Eles tiveram que renunciar a toda uma estrutura de vida para seguir a Cristo que lhes fez abraçar coisas novas. 

Os últimos dias do Islamismo


Kit R. Olsen


Levando em consideração os atentados que aconteceram na França, é fácil que qualquer um pense que o islamismo não será derrotado em um momento próximo. A mídia em todo o mundo é muito competente em minimizar tudo o que diz respeito à malignidade do islamismo. E as células islâmicas em estado latente – prontas para impingir o terror – estão plantadas em todo o mundo.
O atual governo dos Estados Unidos ou é mentalmente incompetente e/ou traidor, colocando em perigo a vida de todos os americanos e de outras pessoas ao redor do mundo, por ser indulgente com esse inimigo bárbaro, torturante e impiedoso. A perspectiva do crente deve sempre ser que vivemos nas trincheiras de um campo de batalha espiritual e o mal é manifesto através de pessoas más. Nossa esperança não está nos governos; ela está em nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
Anime-se. As Escrituras nos dizem que Deus não permitirá que o islamismo vença sua campanha de terror. Numa perspectiva animadora, é importante mantermos em mente que uma das guerras profetizadas na Bíblia, entre as mais comentadas – a batalha descrita em Ezequiel 38 e 39 – está no horizonte. Sabemos que Israel será o alvo e que aí Deus vai tratar com a dominação islâmica. Na Bíblia, a batalha de Ezequiel 38 e 39 (a Guerra de Gogue e Magogue) tem a descrição mais detalhada entre todas as guerras profetizadas.
Um ponto importante para lembrarmos é o seguinte: em Gênesis 15.16, o Senhor nos diz que a medida da iniquidade dos amorreus ainda não havia se completado; mas, quando ela se encheu, Deus tratou com eles. O mesmo acontece com o islamismo. Deus ainda está permitindo que os muçulmanos causem as devastações e os massacres (por enquanto). Mas, Ele tem planos bastante intensos para o blasfemo islamismo.
Em breve virá o dia em que Deus já não tolerará o fanatismo islâmico e Ele derramará o Seu juízo sobre os seguidores de Alá – na batalha de Ezequiel 38 e 39, quando as hostes das tropas islâmicas marcharão contra Israel, lideradas pela Rússia. O grande milagre no Antigo Testamento é o Êxodo, mas ele empalidecerá em comparação com o que acontecerá como resultados da guerra Gogue-Magogue (veja Jeremias 16.14).

Qual será o seu legado?


Wallace Sousa


“Houve um homem, enviado de Deus, cujo nome era João” (Jo 1:6)

Você parou pra pensar no desejo que certas pessoas têm em deixar uma marca para as gerações futuras? A princípio eu não vejo isso como negativo, pelo contrário, acho muito positivo.
Mas, infelizmente, muitos deixam isso virar uma obsessão e deixam que esse desejo se torne uma paranoia que vai minando cada vez mais todo o possível bem e benefício que essa pessoa poderia deixar após sua partida. Vale a pena viver assim? Eu acho que não.
Deixo um simples exemplo do que acabei de falar acima: a família Sarney, no Maranhão. Tudo lá, de nome de escola, rua, avenida importante, hospital, monumento ou prédio público, foi batizada com o nome de alguém dessa família. Mas, calma que piora: alguns desses locais e espaços receberam nomes de integrantes da família quando estes ainda estavam (estão) vivos!
Graças a Deus, isso está mudando e essa mancha está sendo apagada daquele lindo, porém sofrido, estado nordestino.
Só que você não é um Sarney (mas, se for, continue lendo, seja abençoado e entregue sua vida para ser transformada por Jesus, ok?), então como devo deixar um legado, como deixar minha marca neste mundo? É justamente o que vamos discutir aqui, e você veio ao lugar certo!
Vamos olhar para a vida de alguém que deixou uma marca indelével, que atravessa milênios e que o tempo não é capaz de apagar. Vamos olhar para a vida de João Batista, primo de Jesus.

Plantando vento, colhendo tempestades


Wilma Rejane



“Vocês me peguem e me joguem no mar, que ele ficará calmo. Pois eu sei que foi por minha causa que essa terrível tempestade caiu sobre vocês” Jonas 1:9
Profeta Jonas estava em meio a uma tempestade, não estava sozinho, com ele, haviam muitos tripulantes sofrendo as mesmas consequências. Aquela tempestade não era apenas um fator natural do tempo, era uma reação de Deus a desobediência de Jonas. E logo aqui aprendemos que há tempestades na vida que são igualmente consequências de desobediência a Deus, de pecados não confessados. Enquanto a tempestade acontece, Jonas dorme tranquilamente no porão do navio, até que alguém vai até ele e provoca sua consciência:
Diga: quem é o culpado de tudo isso? O que você está fazendo aqui? De onde você vem? De que país você é? Qual o seu povo? Que devemos fazer com você para o mar se acalmar?” Jonas 1: 8-11.
Jonas não tinha ideia da dimensão de seu erro até ser provocado por alguém que sofre com ele. E através dessa provocação o profeta confessa sua culpa, seu erro, e de modo nobre escolhe ser sacrificado em detrimento da salvação de uma maioria inocente que estava no navio. Grande Jonas! 
Relendo esse relato sobre Jonas compreendo mais uma vez a necessidade do arrependimento e do perdão, da importância de não menosprezar a tempestade que atinge sua família, seu País, ambiente de trabalho, enfim atinge sua vida. O que acontece “nesses barcos”, também é problema seu. 
A provocação interrogativa dirigida a Jonas é uma espécie de “exame de consciência” que muitas vezes somos levados a fazer por ocasião das tempestades. A fragilidade humana não assegura a descoberta das causas do sofrimento. Por que estamos “nessa tempestade”? A grande teia social em que vivemos faz com que direta ou indiretamente outras pessoas sejam atingidas por nossos sofrimentos. E da mesma forma, a sociedade cobra respostas: “o que devemos fazer com você para o mar se acalmar?”.

Promessas de Deus para pais e filhos


Wilma Rejane


Deus:O Pai Perfeito, Aquele que doou as coisas mais preciosas do mundo para seus filhos, coisas que dinheiro jamais poderá comprar. Um Pai que abre diariamente seus tesouros de paz, amor, sabedoria, dons, vida, presenteando seus filhos.  Esse Pai Perfeito também fez um Plano Perfeito para transformar  um passado de angústias. Um plano que restitui até mesmo o futuro porque concede uma eternidade de glória em um corpo incorruptível. Deus Pai enviou seu filho Unigênito ao mundo para  nos dar uma filiação Divina. Deus se tornou homem, em Cristo, para que nos tornássemos divinos na ressurreição. Jesus venceu a morte e nos garante essa mesma vitória. Esse prêmio é único, de um Pai sem igual.
Contudo, a salvação não é automática, de pais para filhos e aqui comento sobre uma galeria considerável de homens tementes a Deus, amados, obedientes, que viveram conflitos e decepções em seus lares, não obstante serem exemplos de fé e relacionamento com Deus. Esses exemplos nos mostram a necessidade constante de relacionar-se com Deus. Especialmente porque Deus é o maior modelo de Pai e no Salmo 68:5 está escrito  diz “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus Pai no seu lugar Santo”. Pai se traduz em 'ab (Strong 1): antepassado, provedor, produtor. O Espírito Santo nos ensina a chamarmos Deus de Aba (Romanos 8:15) . Sendo Deus um Pai perfeito compreende as aflições dos pais terrenos, capacitando-os para a jornada familiar.

Vejamos o que aconteceu com alguns pais cujas derrotas e vitórias foram narradas na Bíblia:

Isaac: Esaú e sua vida amorosa causou profundo desgosto aos pais: “ Ora, sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Besamote, filha de Emon, heteu. E estas foram para para Isaque e Rebeca uma amargura de espírito” Gênesis 26: 34 - 35. E pensar que Isaac, seu pai, procurou agradar a Deus escolhendo uma esposa entre seu povo, sob diligente oração.
Filhos de Jacó: Diná, a única filha de Jacó foi estuprada e seus irmãos Simeão e Levi em vingança matam Siquém (o estuprador) e Hamon (seu pai). Jacó sofre também com o golpe de seus filhos que movidos por inveja, vendem o irmão José como escravo e  simulam sua morte.

5 Características de um campeão extraordinário!


Wallace Sousa


(Eles viram) Então saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo. 1 Samuel 17:4

(Eles ouviram) Disse mais o filisteu: Hoje desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos. Ouvindo então Saul e todo o Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se, e temeram muito. 1 Samuel 17:10,11

(Davi viu e ouviu) E, estando ele ainda falando com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o homem guerreiro, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate; e falou conforme àquelas palavras, e Davi as ouviu. 1 Samuel 17:23

(Davi falou) E, ouvidas as palavras que Davi havia falado, as anunciaram a Saul, que mandou chamá-lo. 1 Samuel 17:31
(Davi pensou) Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. 1 Samuel 17:36

(Davi fez) Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram. 1 Samuel 17:51

Na peneira de trigo com Simão Pedro


Wilma Rejane



"Simão, Simão, eis que Satanás me pediu permissão para te peneirar como trigo. Ele quer te separar de mim como a palha se separa do trigo na peneira." Lucas 22:31


Jesus estava reunido com seus discípulos, quando revela a Simão Pedro que Satanás estava prestes a peneira-lo. Pedro seria moído, sacudido como teste de resistência -  Peneirar  vem da palavra grega "siniazo" e significa: "agitar, sacudir" (Young).  Meditando nesse verso, encontraremos razões explicativas para as dores enfrentadas por alguns servos de Deus. E de principio destaco:

  • Jesus se dirige a Pedro, chamando-o de Simão. Simão era o velho homem ainda não convertido, porém em processo de transformação com grandes promessas a serem realizadas. Era um homem oscilante em assuntos de espiritualidade.
  • Satanás precisou de permissão para peneirá-lo.
  • Apesar das fraquezas, Simão Pedro incomodava o reino das trevas. 
  • Deus prepara seus servos para receber alegrias e também tristezas e em todas as coisas eles serão vencedores. Ser vencedor não significa nunca perder, mas não desistir, ir além de suas próprias forças. Simão venceria pela fé.
Simão passou por grandes adversidades, conflitos, até chegar a ser Pedro o Apóstolo que iria abalar  as tradições religiosas judaicas ao se converter e pregar o Cristianismo com autoridade.
Muitas vezes nos perguntamos por que servimos a Deus, buscamos Sua justiça e ainda assim somos afligidos. Por que algumas coisas acontecem conosco causando dores profundas? E ao olharmos para essa passagem Bíblica temos uma revelação fantástica do que ocorre no mundo espiritual. Apóstolo Paulo, em carta aos Efésios afirma:

Deus não está longe


João Cruzué

"E quero irmãos que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do Evangelho, porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, mas padecer por Ele, mas Deus é o que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo sua boa vontade".Filipenses 1:12 e 29 e 2:13



Escrevi esta mensagem para você que está passando um longo período no deserto ou no vale da angústia. Tudo o que você fez até agora, não deu nada certo. Embora tenha molhado muitas vezes seu rosto com as lágrimas do abandono. Deus não responde suas orações. Eu vim aqui para dizer que o SENHOR não lhe abandonou. Este vale escuro vai passar e o Sol da vitória novamente vai levantar-se sobre sua vida para brilhar ainda mais que no passado.
Seus pensamentos estão confusos e seu coração triste porque está lhe faltando quase tudo. E, quando você observa as pessoas à sua volta, principalmente seus parentes e as pessoas não crentes você repara que elas não passam por nenhuma falta. Então decepcionado(a) você procura um lugar solitário e ali derrama suas lágrimas e pergunta ao Senhor - por quê?
Se o Senhor está provando você porque Ele o ama. Os dias que você está passando no vale não são um tempo perdido: é um tempo de capacitação e investimento. Até Jesus passou por coisas assim. Há algo precioso que o Senhor vai confiar a você para fazer e é no vale que vai aprender a olhar e ver como Senhor vê. Mas não saia de porta em porta procurando por profetas para tentar saber a visão antes do tempo. O Espírito Santo vai falar ao seu coração no tempo apropriado.
Na primeira oportunidade que tiver, Olhe-se na frente do espelho. Olhe bem nos seus olhos, e diga para Jesus algo do fundo de seu coração.

O tempo da restauração



Wilma Rejane



Salmo 126:1-Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltavam de Sião, estávamos como os que sonham. 
O Salmo 126 foi escrito por um exilado judeu que experimentou  70 anos de deportação de Jerusalém para Babilônia. Qual o nome desse prisioneiro? Não se sabe. O que se sabe é que sua gratidão e louvor por ter retornado a Sião são e salvo está registrada como  um cântico de celebração ou um "cântico dos degraus".

E que degraus eram esses? Eram os degraus das subidas entre Jerusalém e a Babilônia (Esdras 7:9) e os degraus do templo de Jerusalém,onde ano a ano peregrinos se reuniam para relembrar a libertação do cativeiro. Cada degrau um novo cântico,um novo Salmo. No total, são quinze os Salmos denominados "dos degraus ou das romagens" do 120 ao 134.
O Salmo 126 é tão belo quanto os demais e versa especialmente sobre restauração. O autor faz uso de três metáforas para expressar a alegria do retorno para casa: Um sonho agradável, as águas frescas das torrentes do Neguev e as festividades da colheita. Lendo esse Salmo, logo no primeiro verso, encontro inúmeras lições que servem de referencial para os tempos de crises, de cativeiros enfrentados por nós em determinados momentos da vida. 

O cativeiro Babilônico teve inicio em 598 a. C e nos livros dos profetas Ezequiel, Jeremias, Daniel, Ageu e Zacarias é possível constatar relatos da época, bem como dos propósitos de Deus para a nação de Israel que estava sob julgamento. No livro de Esdras há um rico relato do período de retorno da Babilônia, do mover de Deus sobre a nação de cativos que com arrependimento e choro retornaram para os seus lares.
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